Oficinas de percussão, batuque, música e artes ligadas à cultura afro-brasileira marcaram, nesta quinta-feira (30), o encerramento do Mês da Consciência Negra. As atividades foram promovidas na Escola Municipal Sandra Rocha, no período matutino, para estudantes 3 a 5 anos, e no período vespertino, para estudantes dos 6 aos 14 anos. Para a diretoria da escola, Vânia Adelita de Moura Silva, o evento foi uma oportunidade de valorizar as origens africanas e do povo negro. “Estamos inseridos em uma comunidade socialmente vulnerável que lida com violações de direitos cotidianamente, inclusive, de racismo. Portanto, o papel da escola é ensiná-los a valorizar a cultura, a respeitar o outro e a empoderar a criança e o jovem negro”, ressaltou Silva. Novembro é tradicionalmente conhecido como o Mês da Consciência Negra em virtude do dia 20/11. A data celebra o Dia Nacional da Consciência Negra e busca homenagear e resgatar as raízes da cultura afro-brasileira, bem como, combater a discriminação racial. Em Contagem, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, por meio da Coordenadoria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial, promoveu uma série de atividades ao longo deste mês, como palestras, exposições, desfile, bate-papo, oficinas de confecção de turbante, de dança, percussão e música. Segundo a coordenadora de Promoção da Igualdade Racial, Neli Martins de Souza, as ações tiveram o objetivo de sensibilizar a sociedade e gestores públicos sobre a importância de combater o comportamento discriminatório. “O Brasil é o país da diversidade, que abriga povos de diferentes origens, mas, apesar disso, o preconceito e a violência persistem em se manterem nas estatísticas. Precisamos reconhecer esse abismo e propor uma nova mentalidade, na qual o respeito e a afirmação da raça venham em primeiro lugar”, destacou.